Foto tirada hoje no sul de Portugal
Quando vier a primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na primavera
passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância
nenhuma.
Se soubesse que amanhã morria
E a primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão
no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter
preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Fernando Pessoa (heterónimo Alberto Caeiro) 1915
Ouça o poema dito (magnificamente!) por Pedro Lamares:
Olá Multiplicador António, como vai?
ResponderEliminarPublicaremos este espaço no EDUCADORES MULTIPLICADORES dia 1º ou 2º de abril.
fiquemos na paz de Deus e até breve!
IRIVAN
Um blog sensacional!
ResponderEliminarMeus parabéns Antônio!
Seguindo com gosto!
(=
Obrigado, Vanessa!
EliminarTambém sou seguidor dos seus blogues.
Abraço!
AP
Vim através do Blog “Educadores Multiplicadores”, já estou te seguindo! Se quiser seguir o meu ficarei grata! Meu nome de seguidora é Cristiane Reis.
ResponderEliminarBlog Ensinar é Aprender
Obrigado, Cristiane!
EliminarJá sou seguidor do seu "Ensinar é Aprender".
Abraço.
AP