26.7.13

.A tragédia de Aónio...

Foto obtida na ilha de Tavira, sul de Portugal (Algarve)

O céu, a terra, o vento sossegado...
As ondas, que se estendem pela areia...
Os peixes, que no mar o sono enfreia...
O nocturno silêncio repousado...

O pescador Aónio, que, deitado
Onde co vento a água se meneia,
Chorando, o nome amado em vão nomeia,
Que não pode ser mais que nomeado:

- Ondas – dezia – antes que Amor me mate,
Tornai-me a minha Ninfa, que tão cedo
Me fizestes à morte estar sujeita.

Ninguém lhe fala; o mar de longe bate;
Move-se brandamente o arvoredo;
Leva-lhe o vento a voz, que ao vento deita.

Luís de Camões

3 comentários:

  1. Tal como tu meu amigo, eu também tenho paixão por leitura e adoro escrever, gosto muito de poesia, porque gosto do que é belo, e através da poesia sempre podemos expressar nossos sentimentos.Parabéns teu blog é muito lindo.

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  2. um encanto de poema, me tocou demais.... !!!

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